quinta-feira, 31 de outubro de 2013

IEB inicia projeto no Marajó

O fortalecimento da gestão dos recursos naturais na região do Marajó é o principal objetivo do novo projeto do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), que foi apresentado no início deste mês aos associados do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) e consultores do Instituto Floresta Tropical (IFT), em uma reunião que aconteceu na Sede do STTR, em Portel, no Pará.
O Projeto de Fortalecimento da Gestão Territorial no Marajó contará com uma atuação em três frentes: fortalecimento do manejo florestal comunitário; fortalecimento da gestão de unidades de conservação em áreas estratégicas e apoio à formação de lideranças agroextrativistas em município da região. O projeto nasceu da necessidade de ampliar o processo de articulação e mobilização das organizações locais em busca de um maior dinamismo das capacidades institucionais para o fortalecimento da gestão ambiental, o que foi possibilitado este ano com o apoio do Fundo Vale.
Segundo a assistente de projetos do IEB, Loyanne Feitosa, o primeiro passo será de articulações e reuniões. “Inicialmente faremos momentos de articulação com os atores locais para pactuar as estratégias de atuação e definir as linhas bases do fortalecimento das organizações locais para a gestão dos recursos naturais na região do Marajó. Para isso, faremos rodadas de reuniões com as organizações do movimento social e com gestores das Unidades de Conservação que serão alvo de atuação do projeto”.
A iniciativa no IEB no Marajó também vai fortalecer as articulações interinstitucionais com as Prefeituras Municipais, Secretária de Meio Ambiente (SEMA), Ministério Publico Estadual, PEABIRU e CODETEM), além de empresas florestais para promover o uso sustentável dos recursos florestais.
Também estão previstas ações de formação em manejo dos recursos naturais, como a realização de um intercâmbio de experiência na Cooperativa Mista da Flona Tapajós (COOMFLONA), onde algumas lideranças terão a oportunidade de trocar conhecimentos e saberes relevantes à gestão comunitária para o manejo florestal.
Dentre as instituições parceiras do projeto estão o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará-Campus Castanhal (IFPA); Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará – IDEFLOR; Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Portel (STTR); lnstituto Floresta Tropical – IFT.

Primeiros passos
No início deste mês, a coordenadora de projetos do IEB, Katia Carvalheiro e a assistente de projetos, Loyanne Feitosa, colaboraram como parceiras da Audiência Pública da Promotoria Agrária de Castanhal, que aconteceu no auditório Manarijó, em Portel, Marajó. Promovida pelo Ministério Público, a Audiência teve como propósito realizar um momento de investigação sobre a percepção das famílias quanto aos problemas fundiários nas glebas Acangatá, Alto Camarapi, Joana Peres II, Jacaré-Puru e Acuti Pereira.

Fonte: IEB

Resex Verde Para Sempre passa por Vistoria Técnica para certificação florestal FSC

Entre os dias 08 e 10 de outubro, três auditores do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e uma técnica do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), acompanharam as atividades de Manejo Florestal Comunitário da Associação Comunitária de Desenvolvimento Sustentável do Rio Arimum (ACDSRA), localizada na Resex Verde para Sempre, em Porto de Moz, PA. A Vistoria Técnica foi um desdobramento da Oficina de Sensibilização para a certificação florestal, realizada na comunidade em junho, pelo IEB, em parceria com o Conselho de Manejo Florestal (FSC Brasil).
A vistoria focou nas atividades madeireiras e incluiu visitas às atividades de derruba e arraste das toras, planejamento de arraste, pátios, estradas, acompanhamento do romaneio, condições de segurança e saúde dos trabalhadores, cumprimento das leis e documentação. A visita ainda envolveu monitoramento das atividades em geral, e promoveu vários momentos de reuniões individuais com a direção da Associação e com os manejadores.
Segundo a coordenadora de projetos do IEB, Katia Carvalheiro, que acompanhou a vistoria, a associação terá de fazer vários ajustes para estar apta a se certificar, mas pode contar com o apoio de alguns parceiros. “A associação será apoiada pelo Fundo Social do FSC Internacional, ao qual submeteu uma proposta e aguardam a resposta ainda este ano. Além disso, contam com apoio do IEB para capacitações e intercâmbios”, explica a coordenadora.
Em breve, o Imaflora deverá entregar o relatório da Vistoria Técnica para que a associação avalie se investirá ou não no processo de certificação. Caso decida investir, o Instituto fará uma auditoria para a certificação. Os custos diretos com a vistoria técnica e a auditoria estão sendo apoiados pelo Fundo Social do Imaflora.

A associação
Localizada às margens do Rio Arimum, a ACDSRA é composta por 48 famílias e é a detentora do Plano de Manejo Florestal Comunitário, realizado em uma área coletiva de 4.233 ha, denominada de Projeto Maçaranduba, que foi subdividida em 21 Unidades de Produção Anual (UPAs), com cerca de 200 ha cada. É a própria associação que coordena e executa as atividades de manejo florestal de baixo impacto, terceirizando para uma empresa as atividades de arraste das toras.
Além da área coletiva, cada família da ACDSRA detém uma área de 100 ha para atividades agrícolas, extrativistas, e de plantios e criação de animais. As principais atividades produtivas das famílias são a agricultura e o extrativismo.  Na RESEX Verde para Sempre, criada em 2004, outros cinco Planos de Manejo Florestal Comunitários estão iniciando sua execução.

Fonte: IEB

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Curso em Gestão dos Recursos Naturais e Agroextrativismo na Amazônia Paraense

O Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Federal do Pará (IFPA) Campus Castanhal, lançam Edital para seleção de profissionaispara o Curso em Gestão dos Recursos Naturais e Agroextrativismo na Amazônia Paraense. O Curso tem como objetivo realizar a formação de profissionais em caráter interdiscilinar, para estarem aptosa atuar na área de Gestão de Recursos Naturais.
O público estimado é de 120 pessoas, dentre Profissionaisde nível médio (formação técnica) e superior nas áreas deCiências Agrárias, Humanas e sociais, que atuem diretamente em campo com os agricultores familiares e populações agroextrativistas na Amazônia Paraense. Para participar é preciso possuir experiência mínima de um ano com formação e/ou assessoria à agricultores familiares e populações agroextrativistas na Amazônia, bem como ter disponibilidade de tempo para participar de todas as atividades de formação e ter acesso à internet para poder receber/enviar os materiais de formação não presencial.
O curso será realizado nos municípios paraenses de Belém, Santarém e Bragança, nos meses de novembro e dezembro de 2013, e busca refletir sobre os processos formativos, a partir das realidades das comunidades rurais e seus territórios nas regiões abrangidas pelo Programa Bolsa Verde, na Amazônia Paraense. Além de construir conhecimentos práticos das agriculturas de base ecológicas, manejo sustentável dos recursos naturais, gestão e administração de estabelecimentos familiares e organização sócio-política das comunidades.
As inscrições para o curso podem ser feitas através do e-mail belem@iieb.org.brmailto:belem@iieb.org.br, até o dia 06 de novembro de 2013. É necessário enviar a ficha de inscrição (disponível no edital de seleção), Curriculumvitae (resumido) e Declaração de despensa (em caso do candidato estar vinculado a alguma organização). A etapa não presencial do curso terá início no dia 11 do mesmo mês, já a presencial, começa no dia 21, em Belém.
Para visualizar o edital completo acesse o site do IEB em www.iieb.org.bre do IFPA em www.castanhal.ifpa.edu.br

domingo, 20 de outubro de 2013

COOMFLONA REALIZA SONHO DE MORADORES DA FLONA TAPAJOS

Sérgio Pimentel- Presidente da Coomflona
Mais um sonho que se torna realidade para o povo tradicional da Flona Tapajós, que estão podendo contemplar a conclusão da tão sonhada estrada Transtapajós.

A obra contou com apoio da equipe de gestão da Flona do Tapajós- ICMbio ( Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), que tem como gestor Fábio Carvalho, que não mediram esforços para que a autorização da obra fosse liberada e também da diretoria da Cooperativa Mista da Flona Tapajós(COOMFLONA), que fez um investimento de quase 1 milhão de reais, para fazer a abertura e manutenção de mais 40 quilômetros de estrada com recursos próprios da cooperativa.

Vale ressaltar que segundo o presidente da COOMFLONA Sérgio Pimentel, não houve apoio da prefeitura na primeira etapa. "Mesmo sem o apoio do governo, o que nos motivou foi, a convicção de poder realizar um sonho de todos os moradores da Flona, quando entrei em Pini e depois em Itapaiuna, pela primeira vez de carro me emocionei, vi que é possível ter sonhos realizados, quando se tem apoio das pessoas certas".

O presidente disse ainda que o apoio da prefeitura na segunda etapa, colocando seu maquinário para fazer a terraplanagem e empiçarramentos das ladeiras, foi muito importante, porque nesta fase a Cooperativa entrou com o combustível que foi repassado para as comunidades, que administraram os repasses para a SEMOV (Secretaria Municipal de Obras e Viação) e ajudaram voluntariamente na obra, tirando madeira e construindo as pontes.

Manoel Faca, um dos comunitários que trabalhou de forma voluntária na obra, afirma que somente na construção das três pontes o poder público economizou cerca de 150 mil reais além do apoio logístico, como alimentação que foi tudo por conta das comunidades. 

Nesta quarta-feira (16), o presidente da Coonflona, esteve acompanhando de perto a obra até a comunidade de Itapauna e perguntado se depois de ver este sonho realizado, a Cooperativa iria continuar investindo na manutenção das estradas e que não estava chateado quando membros do governo municipal divulgavam de forma secundaria o apoio da Coonflona na obra. Ele enfatizou dizendo "Tenho certeza que sim, é difícil uma pessoa que vem lá do interior das comunidades, ver as comunidades na mesma situação, nós da diretoria demos esse apoio, e outra diretoria que vir, vai continuar dando esse apoio, só assim as comunidades terão uma qualidade de vida melhor, transporte melhor. É impossível ver o sofrimentos das pessoas e não poder ajudar e agente tendo condições, claro que vamos ajudar". Finalizou.

Embora não seja divulgado a Coomflona, tem contribuído de forma expressiva dentro da Flona Tapajós, e em parceria com o executivo municipal tem mantido trafegável as estradas que dão cesso a Flona e também tem doado madeira para construção de escolas, postos de saúde e na parceria com ICMbio e prefeitura, doou madeira para a construção de 15 casas para as famílias que deixaram o corredor ecológico , para morar na área da comunidade de São Jorge, além de apoiar os festivais religiosos e culturais da Flona.


Publicado em 18 de outubro de 2013
Veículo: http://portalbelterra.blogspot.com.br/
Leia na integra: http://portalbelterra.blogspot.com.br/2013/10/coomflona-realiza-sonho-de-moradores-da.html#comment-form

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Após 25 anos, manejo florestal comunitário na Guatemala pode ser cancelado


A floresta da Reserva da Biosfera Maia, no norte da Guatemala, tem uma das maiores diversidades de espécies do planeta. Durante séculos, devido à colonização e à ditadura militar, a população que vive na área foi expulsa de suas terras e assassinada. Agora, essa comunidade se tornou especialista em manejo florestal. A região é uma das poucas no mundo onde a população local administra serralherias e marcenarias de maneira profissional e, em muitos aspectos, moderna. Isso só é possível porque os moradores conseguiram uma concessão, ou seja, a licença para administrar a floresta. A decisão sobre como a mata é manejada de forma sustentável fica a cargo da população. "A América Central e o México são exemplos de onde as comunidades locais tiveram mais sucesso com a administração florestal comercial e, ao mesmo tempo, sustentável", afirma Kaimowitz. A história da virada começou com a Associação de Comunidades Florestais de Péten (Acofop). Em 1986, após o final da ditadura militar no país, havia também apoio internacional aos planos da criação de uma reserva da biosfera na antiga cidadela Maia, em El Petén. Mas a maioria das organizações não-governamentais internacionais queriam que toda a região fosse área de preservação – sem incluir a população indígena. "Esse é um modelo que funciona talvez nos países ricos. Contudo, um país com grande pobreza e sem chances para as pessoas, precisa proteger a natureza de outra maneira, por meio da utilização sustentável dos recursos", afirma o presidente e um dos fundadores da associação, Marcedonio Cortave. Ele nunca abandonou a ideia de incluir as atividades dos moradores no plano de conservação.

De perseguidos aos administradores
Carmelita é uma das comunidades desse projeto. A cooperativa no norte de El Petén é composta por 80 famílias, ao todo 380 pessoas. Antes da criação da borracha sintética, sua população vivia da exportação do látex do sapotizeiro. Com a fabricação sintética, os preços e a produção caíram. Até hoje, a pista de pouso de Carmelita lembra o tempo de ouro da vila.

Atualmente, o sustento das famílias da região vem da floresta, principalmente da madeira tropical. Todos os anos, eles cortam de uma a três árvores por hectare. A madeira é certificada com o selo do Conselho de Manejo Florestal (FSC). Além disso, as folhas de algumas palmeiras, também certificadas, utilizadas em arranjos florais, são exportadas para o México e Estados Unidos.

"Um grande sucesso da Acofop é a possibilidade de lucro das comunidades com a floresta. Essa união mostrou que grupos muito pobres podem se desenvolver, através da utilização sustentável de recursos e, assim, melhorar suas condições de vida", comemora Cortave

Produtos diversificados
O látex do sapotizeiro continua sendo tirado e as folhas de outra palmeira são usadas tradicionalmente como telhado. Uma espécie de pimenta que cresce na floresta também conta como um dos produtos lucrativos da região, além do turismo.


Publicado em 17 de Outubro de 2013
Leia na Integra: http://noticias.terra.com.br/ciencia/apos-25-anos-manejo-florestal-comunitario-na-guatemala-pode-ser-cancelado,988aff1ee56c1410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
Fonte: http://noticias.terra.com.br/

domingo, 6 de outubro de 2013

Seminário internacional sobre projetos de desenvolvimento na Amazônia


O Programa Grande Carajás tem provocado grandes impactos sociais e ambientais, desde sua criação até os dias de hoje. Transformou a realidade de vários municípios no Pará e no Maranhão e tem mobilizado milhares de pessoas na resistência e contestação da sua lógica. 

Uma ampla rede de movimentos sociais e comunitários, sindicatos e pastorais do Maranhão e Pará, além de programas de pós-graduação e grupos de pesquisa de universidades desses dois estados em colaboração com várias entidades de outras regiões do país e do mundo, organizam em 2014 o Seminário Internacional “Carajás 30 anos: resistências e mobilizações frente a projetos de desenvolvimento na Amazônia Oriental”.

O objetivo do seminário é avaliar criticamente os 30 anos do Programa Grande Carajás e, a partir do tema central do ‘desenvolvimento’, discutir suas consequências sociais, ambientais, econômicas e culturais. .

Na terça-feira, 08 de outubro, acontecerão simultaneamente dois lançamentos do seminário nas cidades de São Luís e Belém. O seminário é organizado por um conjunto de instituições do campo popular e universidades do Pará e do Maranhão. O evento tem também o propósito de dar continuidade ao “Seminário Consulta Carajás”, realizado pelos movimentos sociais da região entre 1992 e 1995.

O Seminário “Carajás 30 anos” é um processo amplo, que terá seminários preparatórios em Imperatriz (16 a 18 de outubro, 2013), Marabá (14,15 e 16 de março de 2014), Santa Inês (21 e 22 de março de 2014) e Belém (5 a 8 de abril de 2014) e que culminará em um evento com duração de quatro dias, a ser realizado na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís, em maio de 2014. Contará com a participação de assessores e especialistas no setor, bem como do testemunho de lideranças comunitárias e dos movimentos socioambientais do Brasil, de outros países da América Latina e da África.

Nesse próximo dia 8, com as atividades de lançamento, a organização do seminário pretende reunir a imprensa, pesquisadores, estudantes, professores e comunidades diretamente envolvidos ou interessados na temática do evento. 


Locais
Belém: CNBB, 9 horas. Tv. Barão Triunfo 3151. 09 horas
Contatos Belém: Dion 82651479; Guilherme: 99617427; Marcel: 88505838
E-mail: seminariocarajas30anosbelem@gmail.com

São Luis: Universidade Federal do Maranhão - Centro de Ciências Sociais, Bloco E, 3º Piso, Auditório I – 9 horas. Contatos São Luis: Padre Dario - (99) 8112.8913